A importância da sorte no poker e em jogos de habilidade em geral.
Como bem sabemos, o poker é um jogo puramente estratégico, de habilidade, que mescla matemática, psicologia, lógica dentre outros ramos de conhecimento. É reconhecido por diversas federações e confederações nacionais e internacionais como legítimo esporte da mente, estando equiparado ao xadrez, gamão, bridge e outros.
Vamos partir de uma premissa básica: a sorte faz diferença em todos os campos da nossa vida. Essa é uma verdade que pode ser inconveniente e de difícil digestão, mas ainda assim é uma verdade. Estar no lugar certo e na hora certa, faz uma enorme diferença. É óbvio que devemos levar em consideração que o talento somado ao preparo irá levar ao êxito na maior parte das vezes, mas não se pode negar que uma pitada de sorte faz muita diferença.
Contudo, ao contrário do que a imensa maioria dos jogadores de poker pensa, ou entende, a sorte, no longo prazo, tem relevância mínima no sucesso ou fracasso de um jogador de poker. A curto prazo, ela evidentemente vai fazer diferença, quando ganhamos aqueles 20% x 80%, quando achamos nossos dois outs no river, quando fazemos uma péssima jogada e ainda assim vencemos a mão. Entretanto, jogadores competentes e vencedores sabem que no médio e longo prazo o fator sorte vai se tornando, quanto maior a amostragem e o tempo, menor.
A matemática não deixa margem para suposições. Se você jogar mil vezes uma mão que é favorito para vencer 80% das vezes, é de se esperar que você ganhe próximo de 800 vezes. É natural que ocorram oscilações, para cima e para baixo, mas quanto maior a amostragem e o tempo, menor serão essas divergências em percentual e frequência. A curto prazo, perder uma mão que se é favorito em 9 para 1, pode parecer terrível para jogadores inexperientes e que não entendem a matemática do jogo, culpando sua má sorte, mas bons e competentes jogadores sabem que irão perder naquele cenário 1 a cada dez vezes. Perceba que tudo é uma questão de correta percepção da matemática intrínseca do jogo.
É óbvio que muitas vezes são mãos pontuais que fazem a diferença em nossa sessão, e às vezes na winrate da semana e mesmo do mês. Não seria equivocado atribuir à sorte, neste caso ao azar, perder aquela mão de 1000 big blinds em que éramos favoritos em 9,5 – 1. Justamente aquela mão que faria a diferença no mês. Entretanto, o longo prazo coloca tudo no lugar, e existirão mãos em que seremos azarões na mesma proporção e iremos vencer.
Note que a percepção de sorte e azar no poker é muito sutil e volátil, e quanto mais o jogador entende a natureza e matemática do jogo, menos atribui seu sucesso à sorte e seu fracasso ao azar. Em contrapartida, é comum ver jogadores ruins festejando suas vitórias, atribuindo seu conhecimento do jogo a elas, sendo que quando perdem culpam o azar. Se você observar atentamente, irá notar que aqueles jogadores que admira ou considera bons, raramente ou nunca irão falar em sorte ou azar nas mesas, já de forma inversa, os maiores perdedores falam o tempo todo sobre o quanto são azarados e vivem perdendo mãos em que estavam ganhando. Seja sincero consigo mesmo, qual dos dois você quer ser? Presumindo que sua resposta seja a óbvia, pare de falar sobre sorte e azar em poker, tenha uma visão mais analítica e lógica do jogo, estude, pratique, foque em sua evolução dentro do esporte. Nós lhe garantimos que parar de culpar o azar pelos seus fracassos na mesa irá te levar a outro patamar enquanto jogador de poker.
Boa sorte, nos vemos nas mesas.
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