"No meu entendimento, está na hora do Brasil experimentar a abertura para cassino", refere Otávio Leite, defendendo a instalação de cassinos no Brasil".
Dois projetos que tratam sobre a exploração de jogos de azar no país tramitam no Congresso Nacional, um na Câmara dos Deputados e outro no Senado.
Numa palestra na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), em 2018, o então pré-candidato Jair bolsonaro se mostrou contra a liberação de cassinos no país, porém deu indícios da possibilidade de cada Estado decidir sobre o tema. No mês passado, foram feitas algumas consultas à Bolsonaro sobre um projeto para liberar a abertura de cassinos no Brasil, porém não houve respostas por parte do presidente.
Otávio Leite, o secretário estadual de Turismo do Rio de Janeiro, defendeu a instalação de cassinos no Brasil: “Passei 12 anos no Congresso e esse sempre foi um tema muito ‘amaldiçoado’. Tenho para mim que a essa altura a discussão está mais madura. Há uma perda de divisas evidente para o país. No meu entendimento, está na hora do Brasil experimentar a abertura para cassino. Acho que tem de ser feito de maneira prudente, até para avaliar com o tempo. Mas é necessário introduzi-lo”.
Um dos obstáculos para a não liberação de jogos de azar no país vem por parte da bancada evangélica. Todavia, o prefeito do Rio de Janeiro, e Bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, Marcelo Crivella, é favorável aos cassinos.
“Está na hora também de um entendimento entre as partes, o Legislativo, o Executivo, os Estados. E abrirem uma janela para essa possibilidade”.
“Por que o tema não avançava no Congresso? Alguém propunha dois cassinos para o Estado. Aí vinham as emendas que inseriam: maquininhas em qualquer botequim, bingos a cada 200 mil habitantes, outras modalidades de jogos. Tudo num pacote. O Brasil ia sair do oito para o 800, virar um paraíso da jogatina internacional. E não é isso que nós precisamos.”
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), também se fez presente no seminário e comentou que o Estado poderá investir até R$ 100 milhões em promoção turística ao longo de 2020. Esse valor é quatro vezes maior do que o total desembolsado neste ano para esta finalidade (cerca de 20 milhões).
Witzel afirmou que pelo menos R$ 40 milhões já estão garantidos para a promoção turística do Rio de Janeiro no próximo ano, podendo chegar a até R$ 100 milhões.
Uma parte da verba será destinada para a abertura de seis núcleos de representação turística do Rio de Janeiro no exterior. Os planos incluem duas unidades na Europa, duas na América do Sul e mais duas nos Estados Unidos. O custo total estimado do projeto será de R$ 2,4 milhões por ano.
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