
Reuniões visam debater a regulamentação das apostas e o combate aos sites ilegais, destacando a importância da colaboração entre setores.
Em um cenário em que a regulamentação das apostas no Brasil se torna cada vez mais relevante, a Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL) promoveu um diálogo fundamental sobre a publicidade responsável e as estratégias para coibir a atuação de sites ilegais no país. Sob a liderança do presidente Plínio Lemos Jorge, a ANJL realizou duas reuniões em Brasília com entidades de comunicação de destaque, como a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) e a Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel).
O primeiro encontro teve lugar na Abert, que congrega mais de três mil veículos de imprensa e desempenha um papel crucial na formação da opinião pública. Plínio Lemos Jorge, acompanhado do diretor jurídico da ANJL, Pietro Cardia Lorenzoni, discutiu as implicações da nova legislação que regulamenta o setor de apostas. Durante a reunião, foi destacado que, após três meses de implementação da legislação, é imperativo envolver os meios de comunicação na luta contra as práticas clandestinas de apostas.
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“O fortalecimento da indústria legal de jogos deve ser uma prioridade coletiva”, enfatizou o presidente da ANJL. Segundo ele, a publicidade de apostas ilegais, muitas vezes veiculadas por diferentes plataformas, contribui significativamente para a evasão fiscal e a concorrência desleal. “É essencial que os veículos de comunicação se unam a nós no combate a essas empresas não autorizadas, cujas operações desviam mil milhões de reais em impostos que poderiam ser revertidos para o desenvolvimento do país.”
Na sequência da reunião na Abert, Plínio Lemos Jorge encontrou-se com representantes da Abratel, onde o presidente Márcio Novaes reafirmou o compromisso da associação em apoiar a regulação das apostas e as iniciativas voltadas para o jogo responsável. “A regulamentação da indústria foi um passo importante e deve ser frequentemente comunicada ao público. Temos plena convicção de que a publicidade adequada pode educar os apostadores sobre os riscos e benefícios de apostar de maneira consciente”, declarou Novaes.
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Ambos os encontros refletiram o anseio por um amadurecimento no setor, em que a publicidade responsável se torne um pilar para a promoção de atividades de jogo regulamentadas. O presidente da Abert, Flávio Lara Resende, reforçou que é vital a cooperação entre o setor público e privado para desenvolver normativas eficazes que garantam a integridade das apostas e inibam a prática ilegal.
“Com a regulamentação, temos a oportunidade de transformar a publicidade em uma ferramenta de conscientização sobre o jogo responsável. As emissoras de rádio e televisão têm um papel essencial nesse processo e são fundamentais para assegurar que as informações corretas cheguem à sociedade”, afirmou Lara Resende.
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No cerne das discussões, também emergiram preocupações relacionadas ao fenômeno dos sites de apostas ilegais. De acordo com Plínio Lemos Jorge, a Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA) já solicitou o bloqueio de mais de 12 mil páginas em apenas cinco meses, evidenciando a magnitude do desafio enfrentado pelo setor. “Infelizmente, a clandestinidade é uma barreira significativa, mas a arrecadação tributária proveniente das casas de apostas autorizadas representa um retorno considerável para o governo, além de gerar cerca de 60 mil novos empregos nos próximos cinco anos”, destacou o presidente da ANJL.
O panorama apresentado durante esses encontros evidencia não apenas a necessidade de uma abordagem robusta para a fiscalização das apostas, mas também a urgência em promover uma cultura de jogo responsável, que priorize a saúde pública e o bem-estar dos consumidores. A participação ativa das associações de comunicação é vista como um elemento catalisador para a mudança desejada, oferecendo uma plataforma para disseminar informações relevantes sobre a regulamentação e a promoção das boas práticas no setor.
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Juntamente com os líderes das associações, como o diretor de jornalismo da Record, Roberto Munhoz, e o coordenador de Relações Governamentais da Abratel, Lindemberg Portela, as discussões apontaram para uma perspectiva otimista quanto à evolução do setor de apostas no Brasil. “Estamos comprometidos em apoiar a regulamentação e reconhecer o valor que as apostas legalizadas trazem para a economia. É imperioso que, juntos, construamos um ambiente de negócios que respeite as regras do jogo”, concluiu Márcio Novaes.
À medida que o Brasil avança no reconhecimento da legalidade das apostas, a importância da publicidade responsável se torna manifesta. O diálogo entre a ANJL e as organizações de comunicação não apenas solidifica a necessidade de combater práticas ilegais, mas também convida a sociedade a participar ativamente na construção de um futuro mais seguro e responsável para o setor de apostas.
Assim, a ANJL reafirma seu compromisso com a transparência e a ética, enquanto busca incessantemente fortalecer a regulamentação da indústria de jogos no Brasil, garantindo que os benefícios advindos dessa prática sejam amplamente compartilhados e utilizados em prol do desenvolvimento social e econômico do país.