Novo escândalo veio à tona na CPI das apostas esportivas.
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) indicou que William Rogatto colaborava com dois atletas do time Santa Maria para manipular os resultados das partidas, influenciando assim as apostas. Esses atletas foram alvos da operação Fim de Jogo, realizada em março deste ano. Há um mandado de prisão emitido contra Rogatto, mas como ele reside no exterior, a ordem ainda não foi cumprida.
De acordo com a CPI, Rogatto se apresentava como empresário de jogadores para cooptar atletas para o esquema criminoso. O MPDFT afirmou que Rogatto atuava não apenas no Distrito Federal, mas em várias outras regiões do Brasil. A conexão com William foi descoberta através dos atletas do Santa Maria que colaboravam na manipulação dos resultados das partidas. A CPI espera que, com a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico, consiga aprofundar a investigação e descobrir a real extensão do esquema.
A residência de William no exterior representa uma barreira para o cumprimento do mandado de prisão, já que ele é considerado o elo central no esquema criminoso. No entanto, as autoridades continuam monitorando suas atividades, e a quebra dos sigilos é uma estratégia para rastrear o fluxo de dinheiro e comunicação do investigado, com o objetivo de desmantelar toda a rede de manipulação de resultados.
A operação Fim de Jogo, que mirou os atletas do Santa Maria, revelou a profundidade da corrupção e manipulação de resultados no futebol do Distrito Federal. Com a cooperação dos jogadores, que decidiram colaborar com as investigações, foi possível mapear as conexões de Rogatto e identificar outras possíveis ramificações do esquema em diferentes regiões do país.
Por fim, os investigadores estão especialmente interessados em analisar os dados bancários de Rogatto para identificar transações financeiras suspeitas que possam indicar pagamentos a jogadores e outras partes envolvidas no esquema. A análise dos dados fiscais pode revelar inconsistências nas declarações de renda que apontem para ganhos não declarados provenientes das atividades ilícitas. Além disso, a quebra do sigilo telefônico permitirá aos investigadores mapear a rede de contatos de Rogatto, identificando outros possíveis cúmplices e beneficiários do esquema.