A Ministra do Esporte no Brasil manteve sua posição em relação aos eSports.
Após uma grande repercussão de sua fala, a Ministra do Esporte no Brasil, Ana Moser, continua mantendo a sua posição de não considerar os eSports como esportes. Além disso, a representante da categoria ainda enfatizou que não haveria razões para investir no segmento, já que os eSports não são esportes.
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Recentemente, a Ministra do Esporte na França anunciou a criação de um visto especial somente para os atletas de esportes eletrônicos, e isso culminou em uma série de críticas à Ministra do Esporte no Brasil. Um dos críticos foi Gustavo “Baiano”, conhecido na modalidade de League of Legends.
“Enquanto a ministra Ana Moser não tem ideia do que está falando, todos os países do mundo vão se adiantando sobre o assunto esports e o Brasil vai ficando por último em mais um tema global.”
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Enquanto isso, Ana Moser, Ministra do Esporte no Brasil, respondeu a fala de Baiano, dizendo: “Se você leu a matéria para além da chamada, você pode ver que são medidas interministeriais. Qual o sentido de usar o Ministério do Esporte como protagonismo nesse tema? Qual a questão de sedentarismo e saúde pública que a França tem para resolver? E no Brasil, qual a prioridade?” [...] “Incomparável a estrutura que a população tem acesso nos dois países.”
Em seguida, Ana Moser foi questionada a respeito da falta de comunicação com os eSports e demais pastas do Governo, mas a Ministra respondeu: “não posso falar em nome do todo, alguns processos precisam caminhar antes. Ruim por um lado, mas o debate está rolando solto no meio do esporte e no meio dos gamers. Acho saudável. Quando tivermos novidades iremos anunciar.”
Ana Moser recebeu uma questão dizendo que ela teve alguns dias para conseguir estudar o tema e repensar sobre a sua postura com os eSports, mas mesmo assim, a Ministra declarou: “Minha posição é pela ação intersetorial, exatamente como colocado na reportagem em questão, exatamente como está sendo feito na França.”
Na sequência, Ana Moser ainda observou: “Em termos de conceito, a área da Educação Física, que é parte do setor da Saúde, trabalha com o movimento como base das atividades. Lidamos com essas teorias. E o Conselho Nacional de Esporte que determina as modalidades.” [...] “E é ‘indústria do entretenimento’ ou cultura, não ‘diversão’ ou brincadeira.”.
É importante dizer que Ana Moser havia declaro o seguinte sobre o segmento dos esportes eletrônicos: “A meu ver, o esporte eletrônico é uma indústria de entretenimento, não é esporte. Então, você se diverte jogando videogame, você se divertiu. "Ah, mas o pessoal treina para fazer". Treina, assim como o artista. Eu falei esses dias, assim como a Ivete Sangalo também treina para dar show e ela não é atleta da música. Ela é simplesmente uma artista que trabalha com entretenimento. O jogo eletrônico não é imprevisível. Ele é desenhado por uma programação digital, cibernética. É uma programação, ela é fechada, ela não é aberta, como o esporte.”
Depois dessa declaração, o criador da organização, Fluxo, Nobru, foi a público dizer o seguinte: “Vou falar como atleta de esports: para você se tornar um atleta, não é somente sentar a bunda no sofá, na cama, na cadeira, pegar um celular ou um computador e começar a jogar. Você precisa muito além disso. Você precisa de estrutura. O que seria estrutura hoje em dia para um atleta de esports? É ele se localizar numa 'GH'. Para vocês que não sabem o que é 'GH', fazer uma comparação rápida com o futebol. Quem joga futebol fica alojado em um centro de treinamento. A gente, que é atleta de esports, se localiza em uma 'GH', que é uma 'gaming house'. Além dessa estrutura, a gente tem que ter horários de treinos, tem que cuidar da nossa alimentação, a gente passa com fisioterapeuta, psicólogo. Eu não sei o que mais precisa para a gente mostrar que os esports são esportes e que precisam de uma preparação absurda para você se tornar atleta.”
