A Ministra do Esporte no Brasil comentou sobre as apostas esportivas.
Durante a entrevista, Ana Moser foi questionada sobre diversas questões em relação ao governo atual do Brasil, que está sendo comandado por Luís Inácio “Lula” da Silva. Em relação a sua função no governo, a Ministra do Esporte foi questionada sobre o reajuste no Bolsa Atleta, e comentou o seguinte:
“O edital é nesse mês, não acho que vamos fazer grandes mudanças nele. Sei que há anos não há reajuste, mas não tenho posição de governo sobre isso e é um assunto que mexe com recurso alto. E no início de mandato, a tendência é não fazer grandes gastos. Mas eu sou sensível ao tempo e vamos estudar antes de liberar o edital.”
Em seguida, a Ministra do Esporte do Brasil foi questionada a respeito dos diversos escândalos de corrupção e abusos referentes ao COB, na CBF e demais instituições esportivas. Em sua fala, Ana Moser disse:
“É o ministério que aprova o repasse de verbas e elas têm que aprovar contas com o ministério. O papel do ministério é regular, fazer ser cumprida a legislação. Foram criadas leis de governança, os artigos 18 e 18A [da Lei Pelé] garantem a participação dos atletas, impedem mais de dois mandatos seguidos por dirigentes. E é o governo quem emite o certificado [de cumprimento da lei] para essas instituições [para que elas possam receber recurso público]. Há uma conversa para se monitorar o desempenho das instituições e agregar isso à certificação, mas ainda são conversas. Não me aprofundei nisso.”
Voltando à questão da regulamentação das apostas esportivas, Ana Moser apenas destacou o seguinte sobre a situação: “Tem muita gente debatendo isso. Eu, particularmente, [acho difícil] dar uma posição sobre isso.”
Já sobre a questão do Parque Olímpico retornar para a União ou ficar com prefeitura do Rio de Janeiro, a Ministra do Esporte apenas disse: “Não temos decisão ainda, vamos avaliar.”
Questionada sobre mudanças da gestão do governo Bolsonaro para o governo Lula, Ana Moser destacou o seguinte: “Teve a Lei de Incentivo, que é algo que se manteve em funcionamento. O Parque Olímpico da Barra parece que tem cerca de um evento por semana, tem certa ocupação, mas precisava ser mais do que isso. Nós chegamos aqui e alguns programas só tinham um nome, não tinham nem diretor, nem orçamento, nem desenho. Foram feitas coisas pontuais, mas efetivamente política teve muito pouco.”
Em seguida, a Ministra do Esporte no Brasil foi questionada sobre alterações na Lei de Incentivo ao Esporte, e Moser respondeu: “Vamos avaliar quais são os gargalos, porque vai dobrar [o percentual de] isenção esse ano, o que fatalmente vai aumentar o volume de projetos e de operação. E os servidores não vão aumentar na mesma proporção. E precisamos buscar um uso mais coerente, como o TCU [Tribunal de Contas da União] alerta há muito tempo. Porque a lei diz que a prioridade são as categorias educacional e de formação, mas a maioria [dos projetos] é voltado para o [esporte de alto] rendimento. Para crescer a participação dos projetos educacionais, precisamos qualificar a rede de instituições [voltadas ao educacional e formação]. Porque muitas não têm capacidade para formular, apresentar, aprovar, captar, executar e depois prestar contas de um projeto.”