
LBFF segue indefinida e preocupa organizações.
Devido a esse silêncio da Garena sobre a próxima temporada da LBFF, as equipes estão reconsiderando se vão ou não participar do competitivo de Free Fire. Um desses exemplos é a organização Los Grandes, que possui uma longa história com a liga, mas como não houve nenhum contrato de renovação para 2023 com o campeonato, a organização está pensando em deixar o cenário.
Em um comentário recente, um dirigente de uma organização de Free Fire optou pelo anonimato e disse o seguinte: “Situação terrível, já que nossa programação para 2023 vai para o saco. Temos atletas com contrato vigente e não sabemos de nada”. Outro dirigente sob anonimato também disse: “Não tem muito o que fazer, a galera fica ansiosa para saber como será o ano que vem, mas só nos resta esperar. O pessoal questiona a Garena e tal, mas não tira nenhuma resposta.”
O cofundador da organização LOUD, Bruno “PlayHard”, concedeu algumas palavras sobre o futuro do cenário competitivo de Free Fire: “Eu acho que os patamares que a gente alcançou durante o boom do Free Fire e até durante a pandemia eram números inflacionados, que não representavam muito o cenário real de games. Agora, na volta da pandemia e até no mês de Copa do Mundo, era realmente muito difícil trazer números tão grandes quanto foram os do Free Fire no passado, porém, existe uma queda, sim.”
Em seguida, o cofundador da LOUD ainda observou o seguinte: “Ciclos de games mobile tendem a ser muito mais rápidos do que os de jogos de PC ou console, ainda mais nos cenários competitivos. É muito raro um jogo mobile se estabelecer ao longo de cinco, dez anos.” [...] “O Free Fire ainda é gigante. Muitas pessoas têm essa impressão de queda. Essa queda está existindo, mas dizer que o Free Fire acabou e que não é mais um jogo relevante é também não ver a realidade dos números, porque, no Brasil, [o competitivo de Free Fire] ainda bate de frente com todos os grandes campeonatos de esports, tem grandes organizações investindo, o jogo tem um número de jogadores muito alto também. Ainda é um jogo no qual, definitivamente a LOUD vai continuar investindo para o próximo ano.”
Já Bruno “Nobru”, cofundador da organização O Fluxo, aproveitou para comentar sobre a situação do Free Fire: “É ingênuo falar que o Free Fire não tem muito tempo pela frente. O Free Fire não era um jogo que estava na média. Foi um jogo fora da curva, um fenômeno, mas, assim como todos os jogos, é difícil se manter no topo. Falar que o Free Fire vai acabar e tudo mais, eu acho que é uma parada que vai demorar bastante. Eu entendo a parada do gráfico e tudo mais, de o Free Fire ter dado uma caída. Mas isso é bom, porque a gente acaba abrindo os olhos para outros jogos.”
Em seguida, o cofundador do O Fluxo salientou: “Vem sendo muito especulado que a Garena vai vir com esquema de franquia para as equipes [na LBFF]. É aquela coisa de não ter muitas equipes. Vão fechar, sei lá, 12, 18 times, que realmente vão dar liga, vão dar um hype para o campeonato e vão trabalhar em cima disso. Por enquanto, são só rumores na comunidade. Eu acho que realmente a Garena tem que se movimentar, porque é um momento em que eles têm que dar ouvidos tanto para os jogadores quanto para os influenciadores, o que a gente deve fazer, o que deve construir junto para fomentar de novo essa comunidade que a gente já havia construído. O Free Fire está 'safe' [seguro], está sendo um jogo como todos os outros e que têm grandes oportunidade de estar construindo projetos gigantescos.”