Na Tunísia, três árbitros de tênis foram banidos devido à manipulação de resultados.
Em nota, dois nomes revelados foram banidos da modalidade do tênis até o ano de 2027, enquanto um dos nomes recebeu uma punição de 20 anos. Segundo a Agência Internacional de Integridade do Tênis, os árbitros violaram as secções D.1.b e D.1.d do Programa Anticorrupção do Tênis (TACP).
Para exemplificar, a secção D.1.b diz que nenhuma pessoa deve “direta ou indiretamente, facilitar qualquer outra pessoa a apostar no resultado ou em qualquer outro aspecto de qualquer evento ou qualquer outra competição de tênis”. Já a secção D.1.d, afirma que “nenhuma pessoa deve, direta ou indiretamente, influenciar o resultado, ou qualquer outro aspecto, de qualquer evento”.
Dito isso, a ITIA informou que os três árbitros banidos na Tunísia não poderão mais participar ou trabalhar em qualquer evento de tênis que faça parte da Agência ou do órgão nacional e internacional de tênis. Por exemplo, no caso de Madj Affi, o árbitro recebeu uma punição de 20 anos devido à manipulação de resultados no período de 2017 a 2020.
De acordo com a ITIA, Affi foi punido por violar as secções D.2.c e F.2.b, as quais se referem a um descumprimento de cooperação com as autoridades regentes. A secção F.2.b afirma que: “Todas as pessoas devem cooperar totalmente com as investigações conduzidas pela Unidade de Integridade do Tênis, incluindo depoimentos em audiências, se solicitado”.
É importante dizer que os árbitros Snene e Gharsallah foram punidos com banimentos menores, pois foram vinculados à manipulação de resultados de um evento na Tunísia no ano de 2020. Enquanto isso, Affi enfrenta acusações de eventos desde 2017, e devido a isso, a sua pena está prevista para até o dia 5 de novembro de 2040.
Enquanto isso, Snene e Gharsallah devem cumprir suas respectivas penas até o dia 5 de novembro de 2027. É importante dizer que as penas haviam sido esclarecidas no dia 6 de novembro de 2020, momento no qual os árbitros acabaram sendo suspensos por causa das investigações.
No entanto, esse não foi o primeiro caso divulgado nesse ano de 2022. Anteriormente, o árbitro português Daniel Zeferino havia sido banido da modalidade de forma vitalícia por fraudar diversas partidas. Além disso, houve também a divulgação de seis jogadores que acabaram sendo banidos por participarem de manipulação de resultados, no caso: Marc Fornell Mestres, Jorge Marse Vidri, Carlos Ortega, Jaime Ortega, Marcos Torralbo e Pedro Bernabe Franco.
Sobre o caso dos seis jogadores de tênis, a ITIA contou com o apoio da Associação Internacional de Integridade das Apostas (IBIA) e das autoridades espanholas para apurar a situação. Em análise, a ITIA havia revelado o seguinte sobre os jogadores: “A conclusão desta investigação de longo prazo é um momento importante para o tênis em sua luta contra a corrupção. Embora não tenhamos prazer em ver seis indivíduos receberem condenações criminais e banimentos, a mensagem é clara: a manipulação de resultados pode levar a uma sentença de prisão e pode encerrar sua carreira no tênis.”
Além disso, o presidente da ITIA esclareceu: “Também serve como um alerta de que o crime organizado tem como alvo o esporte, e governos e agências de aplicação da lei, bem como órgãos anticorrupção no esporte, precisam levar essa ameaça a sério.”
“Esta é uma das infiltrações mais significativas no tênis pelo crime organizado que já vimos. Parabenizo o envolvimento de agências de aplicação da lei e a acusação de redes criminosas inteiras, não apenas os atores envolvidos. Esta decisão envia uma forte mensagem de que a manipulação de resultados é um crime que pode gerar condenações criminais. Devo prestar homenagem às nossas equipes de investigação, inteligência e jurídica que trabalharam incansavelmente nos últimos cinco anos para concluir este caso. Também tivemos uma excelente cooperação entre o ITIA e as agências policiais espanholas, bem como o apoio inabalável dos órgãos de tênis. Por fim, estamos imensamente gratos à indústria de apostas por suas evidências, levando a essas convicções.”