
O órgão SECAP/ME prometeu regulamentação das apostas esportivas no Brasil.
No painel de discussão, "A nova era de patrocínios no futebol brasileiro" contou com a presença de: Luiz Alberto D'Avila Araújo, integrante da Secretária de Avaliação e Loterias do Ministério da Economia (SECAP), Alex Fonseca, Gerente Nacional da empresa de apostas esportivas Betano, Fernando Paz, consultor de captação de patrocínios, Gustavo Guimarães, Secretário de Avaliação e Loterias da SECAP, Luciano Hendrich, Hendrich Digital Content, Pedro Melo, CCO do Atlético Mineiro, e Maurício Amaro, Website Manager da empresa ALTS Digital.
Entre todos esses participantes, o destaque ficou para Gustavo Guimarães, que compartilhou seus projetos de regulamentação das apostas esportivas. Em suas palavras, o órgão do SECAP está trabalhando na discussão sobre regulamentar as apostas esportivas no Brasil.
"Temos um processo de apostas esportivas legal no Brasil, mas que depende de regulamentação. Sabíamos que a lei de 2018 precisava de ajustes, especialmente em relação à tributação. Hoje, o país se mostra como competitivo nesse ponto e temos um terreno muito fértil para desenvolver bastante o setor. Temos como meta entregar a regulamentação o mais rápido possível, sem esperar o prazo final."
Além disso, Guimarães acrescentou: "Queremos entregar bem antes do que o final de 2022 a regulamentação adequada para fomentar o setor de apostas esportivas. Vamos surpreender a todos em relação a isso. Teremos um ano de Copa do Mundo com muita luz para a atividade e isso será um marco da SECAP enquanto órgão regulador".
Em continuidade, o Secretário detalhou: "O retorno da regulamentação não será somente para o esporte e para as casas de apostas, mas também para destinações sociais que a atividade irá gerar. Queremos criar o vínculo entre o crescimento do setor e a melhoria das finanças públicas e como os recursos serão direcionados por áreas que serão demandantes nos próximos anos. O preconceito ainda existe, mas é importante mostrarmos que a atividade é legal. Vamos regular e atrair, criando todo esse potencial que todos vocês mostraram aqui”.
Já o CCO do Atlético Mineiro, Pedro Melo, salientou que as empresas de apostas esportivas modificaram os temas de patrocínios nos clubes de futebol do Brasil: "Foi justamente quando procurávamos um novo patrocinador, o que se casou muito bem com a parceria que a Betano procurava, o que nos levou a uma excelente parceria".
Em sua visão, Melo acrescentou: "Novos players devem chegar no Brasil para disputar esse mercado e vejo isso com bons olhos, já que quanto mais empresas melhor para os clubes e para o próprio mercado. Em ano de Copa do Mundo o futebol nacional se movimenta ainda mais e 2022 será o momento de inauguração do nosso estádio.".
Além disso, Melo comentou sobre os contratos feitos com empresas de apostas esportivas, como no caso da Betano. Em seu argumento, Melo destacou o cumprimento de regras que existem no mercado: "As empresas que vierem para o mercado brasileiro devem seguir o mesmo caminho para obter parcerias de sucesso com o esporte brasileiro".
Já o representante da empresa de apostas esportivas, Alex Fonseca, comentou que a Betano tem orgulho em patrocinar o futebol tradicional brasileiro: "Além disso, procuramos olhar para a gestão do clube, que precisa ser muito profissional e focada no desenvolvimento e evolução, que acaba se refletindo na performance esportiva. Ao nos relacionarmos com um time, esperamos seriedade e profissionalismo e o quão organizados são para que possamos desenvolver um patrocínio no seu potencial completo."
Em seus destaques, Fonseca disse: "Temos o Vasco da Gama e o Cruzeiro, por exemplo, na Série B, o que não tira o mérito desses dois grandes clubes. Eles têm um potencial de ativação imenso, que é um atrativo para o patrocinador. O produto do clube é sua camisa e quanto mais possibilidades ele abre para utilização da camisa e dos jogadores para ativação do patrocinador, esse produto se torna muito mais atrativo, tanto para os atuais quanto para os próximos patrocinadores."
Visto isso, Fonseca destacou que a Betano preza pelo patrocínio com os clubes de futebol brasileiro: "O desempenho do Galo, por exemplo, me dá a certeza de que outras empresas de apostas esportivas gostariam de entrar na camisa – aviso a todos que já renovamos e o assunto está encerrado – pois é sempre uma satisfação estar na camisa do campeão, sem querer contar vantagem antes da hora. É importante oferecer ao patrocinador possibilidades de ativação que valorizem o produto e obviamente valorizem a marca do patrocinador também."
Segundo o executivo da Betano, a regulamentação das apostas esportivas no Brasil resultaria em um crescimento exponencial da modalidade: "Hoje, é a ponta do iceberg. O patrocínio é um dos principais assets, mas um operador não pode ter toda a sua estratégia focada em patrocínio. A Betano tem o patrocínio no seu DNA e atualmente patrocina 14 clubes ao redor do mundo. Não tenho conhecimento de outra casa de apostas – e até de outro tipo de indústria – com tantos patrocínios. Nesse quesito, há um potencial muito grande no Brasil para a chegada de outras casas de apostas e patrocínio a times de futebol".