Comandado pela sua estrela, Milwaukee Bucks é campeão da NBA, após 50 anos.
Lendas, craques, ídolos… são poucos atletas do basquete que alcançam estes postos e ficam marcados na memória do esporte. Pois não temos dúvidas que, a partir desta última terça-feira (20), um deles se chamará Giannis Antetokounmpo. Com uma atuação extremamente espetacular e histórica, ele levou o Bucks ao título da NBA, após meio século da primeira conquista da franquia de Milwaukee.
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Grego, com descendência nigeriana, Giannis foi escolhido o MVP das finais, prêmio dado ao jogador destaque da série. Não era para menos. Após uma temporada com ótimos números e grandes atuações, ele corou o título com 50 pontos e 14 rebotes no jogo 6. Se pegarmos as estatísticas de Antetokounmpo nos jogos decisivos contra o Suns, veremos que ele alcançou números que pouquíssimos atletas conseguiram até hoje, entre eles Michael Jordan e Lebron James.
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Apenas ele e Jordan marcaram mais de 33 pontos em uma metade de jogo final de NBA. Giannis é também apenas o sétimo jogador a marcar pelo menos 50 pontos em uma partida da série final. O último a conquistar este feito foi Lebron James. Também se tornou o quarto estrangeiro a ser MVP das finais. E como não lembrar de Kobe Bryant. Em 2019, em um tweet, ele desafiou e motivou o grego a conquistar o título da NBA, o que foi cumprido com maestria.
Mas até as lendas e craques não vencem sozinhos uma batalha. Por mais que Antetokounmpo tenha sido o responsável direto pelo título do Bucks, seus companheiros formaram uma bela equipe, fazendo um jogo coletivo equilibrado, técnico, maduro e de união, vencendo adversidades para entrarem para história.
Nas semifinais da Conferência Leste, o time de Milwaukee despachou o então favorito Brooklyn Nets, que tinha montado um elenco de galácticos para conquistar a NBA. Todos os olhos estavam voltados para a franquia de Nova York, e esta série foi considerada uma final antecipada. Após despacharem James Harden, Kyrie Irving, Kevin Durant e Cia, o Bucks encarou o Atlanta Hawks na final. Neste momento, o grande questionamento por parte da mídia, e dos próprios torcedores, era se o técnico Mike Budenhozer e Giannis não decepcionariam nos momentos decisivos novamente, já que a franquia vinha com eliminações traumáticas nas últimas duas temporadas.
Dessa vez não. Venceram o Atlanta por 4 a 2 e partiram para as finais contra o Suns. Mas tinha um grande problema nesse intervalo entre os jogos decisivos. Antetokounmpo tinha se machucado nos últimos jogos das finais da conferência, e sua presença era um grande mistério para os duelos contra o Suns. Uma temporada toda estava em risco, visto que, sem o grego em quadra, o time tinha um rendimento bem abaixo do que um time campeão pode e deve produzir. E assim foi nos 2 primeiros jogos, onde Giannis não atuou na estreia, e participou de poucos minutos do segundo confronto. O resultado disso: Suns 2 a 0 na série.
O título passou a ser considerado muito difícil de ser conquistado pelo Bucks, já que precisaria fazer uma série praticamente perfeita, com uma desvantagem considerável. Foi neste momento que Giannis chamou o jogo para si, como se tivesse dito “deixa que eu resolvo meninos”. O astro voltou de lesão, e contando com a ajuda de Khris Middleton e Jrue Holiday, outros grandes destaques da franquia, venceram quatro jogos na sequência, sendo que o jogo 5 (o da virada) foi em Phoenix. Ali o mundo já sabia que na partida 6, disputada em Milwaukee, Antetokounmpo não deixaria o título escapar. Bem, o resto é história.
