"O Fortaleza é a favor da MP. Nos movimentamos em grupo mesmo com votos contrários por uma questão matemática. O modelo funciona melhor em grupo. Sozinho você só tem 19 jogos para vender".
No mês de junho, o presidente da república, Jair Bolsonaro, publicou a autorização da nova Medida Provisória do futebol a qual modificava os direitos de transmissões das partidas, onde apenas o mandante poderia ceder os direitos. Antes desta autorização, os clubes que se enfrentariam teriam que ceder em conjunto os direitos o que agora não precisam mais.
Ao todo, as 20 equipes pertencentes a Série A haviam aderido à esta nova MP, porém, os clubes Grêmio e Inter não foram a favor da escolha, mesmo havendo a aprovação. Mas isto não foi apenas um caso isolado, o time de futebol Fortaleza também não gostou muito da ideia.
"Muitos clubes até concordam com o mérito, mas não com a forma" - Comunicou o presidente do Fortaleza na Comissão Nacional de Clubes.
"O Fortaleza é a favor da MP. Nos movimentamos em grupo mesmo com votos contrários por uma questão matemática. O modelo funciona melhor em grupo. Sozinho você só tem 19 jogos para vender" - Falou Marcelo Paz.
Por conta destas ideias contrárias, os clubes decidiram que embora a decisão de transmissão possa ser feita através de apenas um mandante, aderiram em conjunto de tomar a decisão dos direitos de transmissão juntos, posicionando o presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, como porta-voz da situação. E isto foi o que o presidente do Goiás, Marcelo Leal, destacou:
"Ele - Guilherme Bellintani - é o nosso representante há algum tempo. É um cara muito bom e articulado. Ele se mostrava muito conhecedor das leis. Ele tem uma penetração boa junto com alguns deputados e políticos e foi eleito o porta-voz por uma série de razões. O grupo dos presidentes da Série A se reúne com constância e troca algumas ideias. Ele foi eleito bem antes desta reunião com o Bolsonaro. O Guilherme Bellintani é o mais apropriado para defender os interesses dos clubes".
Há também o caso do Sport, onde o presidente, Milton Bivar, ainda não conseguiu criar uma opinião formada sobre o assunto "Eu ainda não tenho uma opinião formada. Estão politizando a MP do Futebol".
Fora isto, há uma série de discussões sobre a aplicação na legislação após a aplicação desta MP e isto é o que preocupa o presidente do Atlético-GO:
"Eu acho um absurdo jogador ser diferente no Brasil. Eles têm contratos faraônicos. A maioria dos jogadores ganha menos de R$ 10 mil no Brasil, uns 80% e nós protegeríamos ele. Seria uma legislação só para quem ganhasse mais que isso. Queremos discutir uma legislação própria para o futebol. O futebol se joga no domingo, se joga à noite, é diferente. O jogador não pode ser tratado como um trabalhador normal. Essas são demandas que precisamos discutir no futuro. No geral, os dirigentes são muito mal vistos e hoje isto está mudando. Hoje isso está mudando e muitos clubes têm uma administração séria" - Relatou, Adson Batista.
Vale relembrar que a Medida Provisória é válida pelo período de 120 dias, pois ainda não passou pela aprovação final do Congresso.
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