
“Estudamos a estrutura de franquias e chegamos à conclusão de se tratar de um modelo viável no Brasil”.
Parecendo bobagem ver alguém passar horas jogando em frente a uma tela, mas isto foi o que fez movimentar milhões neste ano de 2020.
As partidas virtuais dos campeonatos de eSports pela internet fez um grande burburinho mundo afora.
Começando pelo game League of Legends, onde aqui no Brasil tivemos a disputa do Campeonato Brasileiro de League of Legends (CBLoL) sendo realizado de modo remoto após a crise que atingiu o mundo.
Os jogadores tiveram que voltar a origem, onde jogavam em seus quartos, sozinhos e reclusados da sociedade. Sem o calor de torcida ou companheiros de equipe, os jogadores sentiram novamente como foi no início de suas carreiras.
Os fãs da modalidade acompanharam de perto os torneios de seus jogos favoritos como Counter Strike: Global Offensive, Dota 2, Startcraft e etc.
O mercado de eSports teve um aumento considerável de 10% neste ano, algo realmente positivo para o cenário que até pouco tempo atrás era considerado "perca de tempo" por muitos.
Conectando-se através de um servidor dedicado para os torneios, entrava então em cena as arenas virtuais "De casa, o clima do campeonato se assemelha ao de um treino. O jogador não tem aquele ritual de acordar, vestir o uniforme, ir até o palco" afirmou Djoko, técnico do Flamengo no LoL. "Isso pode ser bom ou ruim. Tem atleta que cresce no palco com torcida, enquanto outros, geralmente os mais inexperientes, podem acabar sentindo um pouco a pressão."
O time do Flamengo no League of Legends é um exemplo nítido das mudanças esportivas. Fundada em 2017, o Mengão foi um dos primeiros times do futebol a ter a visão de que o mercado esportivo podia muito bem se expandir para outras áreas.
No entanto, nem tudo foram flores para os atletas do cenário. O respeitado adc, Felipe Gonçalves, conhecido como "brTT" já foi pentacampeão do CBLoL e agora atua pela sua antiga equipe PaiN Gaming, sofreu com a queda de expectativas após a mudança para o modo remoto na competição. A equipe do atleta nem sequer chegou a fase final do mata-mata do primeiro split do CBLoL 2020. Embora tudo isto, nada desmerece o jogador que recebe o salário de 15 mil reais.
O diretor executivo da Pain Gaming, Thomas Hamence, diz que o momento foi estranho demais, mas se alegrava por não ter perdido dos patrocínios da equipe com a Colca-Cola e a BMW “Temos uma torcida fiel, a maior da América Latina, mas nosso público-alvo é sempre a geração que está por vir”.
O diretor da Riot Games Brasil, Carlos Antunes, ainda divulgou que a empresa estuda novas possibilidades de jogos “Estudamos a estrutura de franquias e chegamos à conclusão de se tratar de um modelo viável no Brasil”.
Tivemos as modalidades virtuais de futebol e automobilismo que seguraram as pontas nesses tempos sombrios com Pro Evolution Soccer e a Formula 1.