“Somos a única democracia do mundo que não tem o jogo legalizado. O que queremos é apenas autorizar algo que já existe".
Paulo Fernando, o qual monitora os movimentos da legalização dos jogos no Congresso, diz que há grandes chances do assuntos ganhar sinal verde na Câmara neste ano, isso porque há um projeto pronto para ser levado ao plenário.
"A batalha será grande. O jogo nunca vem sozinho. Mas o lobby é pesado, há muito dinheiro envolvido”, afirmou Paulo Fernando.
Paulo Fernado, Advogado do Movimento Brasil Sem Azar e acessor da ministra Damares Alves, a qual também é contrária a prática no Brasil, reforçou que o terreno está sendo preparado para a legalização dos jogos de azar no país.
“Flávio (Bolsonaro, Senador) em Las Vegas acendeu o sinal para os cassinos no Brasil e a batalha será grande”.
Flávio Bolsonaro, na semana passada, se reuniu com em Las vegas com com as autoridades do Grupo Las Vegas Sands. A viagem teve como objetivo entender um pouco mais sobre o funcionamento dos Cassinos.
As negociações sobre a legalização dos jogos de azar estão sendo lideradas pelos deputados Elmar Nascimento (DEM) e Paulinho da Força (Solidariedade). Para Nascimento, relator de um projeto sobre a legalização dos jogos no país, disse que ser contra a legalização é uma hipocrisia.
“Somos a única democracia do mundo que não tem o jogo legalizado. O que queremos é apenas autorizar algo que já existe. Ou não existem 500 mil máquinas de caça-níquel instaladas nas favelas, sem qualquer tipo de controle, atendendo justamente à clientela das igrejas evangélicas, que são contra o jogo?”.
“É mais fácil lavar dinheiro no sistema financeiro do que no jogo e atualmente, sem a legalização, a polícia está 'comendo bola' nas mãos dos contraventores. O debate é irracional. A milícia explora as máquinas de caça-níquel nas favelas. As igrejas teriam que ser contra isso, não?”. Concluiu o Deputado Nascimento.
