E se eu te disser que toda a sorte e todo o azar já foram previstos em cada aposta?
Dentro da matemática os fatores “sorte e azar” são encarados como eventos aleatórios com resultados oriundos da casualidade. Se é bom pra você, você chamaria de sorte e se é ruim, você diz que é azar. Sorte de um, azar do outro, não é? Achas que existe algum Deus controlando a sua sorte nas apostas? Alguma força invisível que não tem nada mais útil para fazer no universo, que está ali se divertindo te dando reds?
E se eu te disser que toda a sorte e todo o azar já foram previstos em cada aposta? E se eu te disser, que aquela expulsão aos 86 minutos do segundo tempo, que ocasionou uma virada no jogo já tinha sido prevista? E se eu for mais longe e disser que toda a bola na trave que chorou e não entrou no gol, e cada lance bizarro e absurdo que influenciaram o resultado do jogo já tinham sido previstos? Você acreditaria?
Duas linhas podem ser consultadas quando tratamos da casualidade, uma delas é a teoria das probabilidades e a outra linha é dos eventos dependentes e independentes. Entretanto, as duas linhas comportam a mesma ideia no final das contas.
A casualidade, as variáveis como eu gosto de chamar, ou sorte e azar, como os mais leigos costumam colocar, são apenas variáveis já previstas dentro do que chamamos de CHANCES, ou melhor, ODDS, as cotações do jogo, as probabilidades do evento.
Toda probabilidade projetada já tem as variáveis computadas de acordo com todas as informações pertinentes sobre o evento. Durante o evento ao vivo, que é quando todas as coisas absurdas irão ocorrer, as chances se ajustam conforme os acontecimentos no evento, através de movimentos monetários, e conforme o tempo de jogo, sempre deixando evidente as probabilidades para cada determinado resultado.
Muitos irão questionar sobre aquela bola na trave que poderia ter entrado, ou sobre aquele acontecimento bizarro que mudou o resultado do jogo nos minutos finais, e irão atestar a existência da sorte no jogo, porém no longo prazo as probabilidades irão se equivaler, nunca esqueçam disso.
Em outras palavras, para deixar mais fácil a compreensão, se por um acaso existia 4% de chance de uma equipe virar um jogo nos minutos finais e isso por um fator bizarro acaba ocorrendo, e Fulaninho da Silva apostou e conseguiu extrair lucro desse resultado, no longo prazo é bem provável que fulaninho tentando acertar mais tiros altos desses irá comprometer sua gestão de banca, pois as probabilidades irão se equivaler a curva irá cobrar cada centavo ganho nessa ação do Fulaninho. Chamamos isso de ajuste matemático das probabilidades, ou melhor, ajuste da curva. É impossível vencer a matemática, ou seja, pegar entradas sem valor e querer no final das contas ser lucrativo.
Muitos não entendem o motivo de muitos apostadores terem o ROI (retorno sobre o investimento) muito próximos em questão de valores, mas já deixo claro que esse fato ocorre pela porcentagem de valor média que esses apostadores conseguem extrair de suas apostas, ou seja, a margem de lucro que eles conseguem extrair em relação as odds, as probabilidades.
A questão é que muitos podem ter muito lucro por um longo período de tempo, mas no longo prazo de anos, provável essa curva se ajustar e ficar muito próxima dos números normativos que outros apostadores mais antigos detém, isso ocorre pelo fato da aleatoriedade, no caso a sorte e o azar, serem completamente expurgados pela curva no longo prazo.
Então acreditem, dentro de qualquer probabilidade (odds), já está computado todo o tipo de acontecimento possível que poderá influenciar no resultado daquele evento e no longo prazo tudo irá se equivaler, ou seja, se equilibrar. A matemática não mente e também não perdoa, acreditem nisso.
Não esqueça de ler a entrevista com o autor, o Apostador profissional Josué Ramos.