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Análise técnica no turfe: análise gráfica (3/8)

Análise técnica no turfe: análise gráfica (3/8)

Este é o 3º de 8 artigos com tudo sobre análise técnica no turfe. Neste artigo ensinamos a analisar gráficos.

Seguindo o principio que tudo são números e até o “infinito” cabe em uma grande equação, por qual motivo ignoraríamos os gráficos, se eles fazem todos os cálculos para nós?

por Josué Ramos   |   Comentários 0
segunda, dezembro 8 2014

Parte 3 - Análise gráfica

1 Conceito de suporte e resistência.

Com toda certeza você já deve ter ouvido algum trader falar sobre um ponto de suporte ou resistência, quando esse assunto entra em foco estamos falando de algo simples, pois essa referência é dita para representar o preço mínimo e o preço máximo de algum ativo. No caso, no mercado de corridas de cavalos, esses pontos são traçados nos gráficos de um competidor, ali representamos a maior alta e a maior baixa do mercado como dois pontos traçados, que vamos encarar como limites de um território que as odds “irão respeitar”.

Esse fato de ultrapassar os limites é normal, uma fuga ou rompimento sempre acontece, e o trabalho de verdade está em identificar o motivo, mas sabemos que nada está perdido quando algo assim acontece, apenas a resistência passa a ser um novo suporte, porém daí em diante o horizonte é o limite para alcançar uma nova resistência, mas com toda a monitoração que fazemos no mercado, fica mais fácil determinar se aquele rompimento não foi apenas uma fuga inocente que logo irá regredir ao normal. É claro que quando me refiro a esse monitoramente todo, falo de no máximo uma hora ou alguns minutos, pois a volatilidade do mercado de horse Racing é assombrosa.

suporte-e-resistencia

Agora o fato para que o suporte e a resistência sejam algo tão importante, está no conceito, que quando o mercado se aproxima do limite traçado, ele retrocede, no caso a fronteira foi imposta e quando os preços se aproximam dos limites eles começam a retroceder, e seguem na outra direção.

Logo é óbvio que vamos aproveitar esse momento da gangorra para abrir uma posição, pois a oscilação tende a seguir para o outro lado e temos que aproveitar a oportunidade. E temos que lembrar que, o mercado todo pensa assim, por isso tomamos cuidado com certas ações.

Às vezes vamos abrir uma posição ali no limite do suporte ou da resistência e mesmo assim o preço rompeu a barreira traçada, bem, isso não é o fim do mundo, acontece muito e vamos falar sobre isso mais além nesse artigo.

2 Suporte.

É bem simples. Vamos traçar como suporte o nível de preço onde a força dos compradores supera a dos vendedores. No ato da prática seria quando os preços vêm apresentando uma tendência de baixa, cada vez cotações menores, até que chega num ponto onde os compradores aparecem no mercado e estabilizam as ações, ou formam uma nova tendência, que dessa vez seria de alta. Lembram do fator (Back-Vender) e (Lay-Comprar)? Isso tem que estar fresco na memória.

Quando você abre em Lay você é um comprador e quando abre em back você é um vendedor.

Um conceito importante sobre o suporte, é quanto mais toques de queda tivermos na linha de suporte, mais forte e respeitável ela é.

Lembrem disso quando acontecer algum rompimento, pois se não tiver um respeito a essa linha imaginária o seu suporte pode ter passado a ser uma nova resistência.

Lembrem de outro fato. Os apostadores puros (punters) ignoram essas linhas imaginárias, por isso sempre muito cuidado ao tomar uma decisão, pois os punters são maioria no mercado. 

3 Resistência.

O contrário do suporte, a resistência vêm de uma tendência de alta, que quando as cotações vêm apresentando cada vez preços mais elevados, chega um momento que os vendedores vão ganhar força perante os compradores, e nisso temos uma estagnação no mercado, ou a formação de uma nova tendência, que seria uma de baixa.

Quando as odds se aproximam desse ponto vamos ter essa estagnação e às vezes a oscilação vai seguir o caminho contrário. Mas como é regra do próprio mercado, no caso nós que fazemos esse movimento e com a ajuda dos punters que às vezes são facilmente manipulados por oscilações desse tipo, oscilações de retrocesso por respeito a uma linha imaginária, nisso os preços tendem a seguir no caminho contrário, ainda mais com a ajuda da força do dinheiro vinda e dos punters equivocados.

Mas o conceito de respeito sobre essas linhas é o mesmo que coloquei no suporte. Quanto mais toques a linha de resistência tiver, mais respeitada ela vai ser, por isso vai ter sempre muito valor abrir posição quando a cotação atual se aproximar dos limites traçados. 

4 Fuga ou rompimento.

Não vejam esses termos como algo ruim, na minha visão é o melhor que pode acontecer, fica mais fácil de trabalhar quando isso acontece.

Quanto ao termo correto não se apeguem. Somos uma nova demanda de traders, em um novo tipo de mercado e podemos nomear as coisas da forma que acharmos melhor.

Gosto de chamar de fuga quando é algo que dá um escape e deve voltar ao padrão anterior, mas quando chamo de rompimento, me refiro há algo que deve inverter a linha de suporte ou resistência. Ao natural tudo seria e é um rompimento, mas como tratamos às vezes com mais traders ao mesmo tempo por voz, via skype ou rádio, é bom sempre atribuir um nome definitivo há algo para não confundir e poder agir rapidamente em qualquer sinal de problema.

Geralmente por operar mais próximo do inicio da corrida, eu acabo enfrentando mais rompimentos, que não voltam para a normalidade, nisso preciso avaliar apenas a força com que aquilo rompeu aquela barreira, pois se não for algo muito forte, a tendência é retroceder, mas se for algo pesado, o meu dever vai ser seguir essa tendência, pois ela não vai retroceder até o inicio do páreo.

Em períodos de tempos superiores a 10 minutos antes do páreo, esses rompimentos devem ser avaliados e sempre por sua força.

Geralmente vejo fugas, coisa rápida, que logo voltam a se enquadrar no padrão traçado, mas quando a força é demasiada naquela direção o melhor que se tem a fazer é seguir, pois como operamos em scalping na maioria das vezes, tudo fica bem seguro de trabalhar.

Logo, um rompimento fraco significa que devo abrir posição na direção contrária, pois é apenas uma fuga e logo volta ao padrão antes traçado, e quando vêm com muita força, significa que devo abrir posição de acordo com a maré, ou seja, seguir a corrente e fechar logo. 

5 Linhas de tendência.

Podem ignorar o quanto quiserem as linhas de tendência, mas toda vez que uma cota despenca ou entra em vapor e sobe, tem uma linha de tendência representando isso, ou seja, você poderia ter previsto esse acontecimento apenas observando os gráficos.

As linhas de tendência podem ser de dois tipos, tendência de alta e de baixa e vamos falar agora um pouco sobre elas separadamente.

5. A LTA. Linhas de tendência de alta.

Simples, podemos denominar que estamos lidando com uma linha de tendência de alta, vulgo LTA, quando conseguirmos traçar uma linha reta unindo pelo menos duas bases, ou fundos cada vez mais altos, ou melhor, quando o segundo fundo for mais alto que o primeiro, intercalando essas bases com um topo ou pico. Algo geometricamente semelhante há um triângulo. Assim como no exemplo. As bases, B e B1 conectadas com um intervalo de um topo T1.

Para confirmar essa tendência precisamos apenas de mais um degrau, ou melhor, mais uma base e consequentemente, mais um topo, para seguir traçando a reta. Aqui essa base representada por B2 e o topo por T2.

linha-tendencia-alta

5. B LTB. Linha de tendência de baixa.

A LTB, linha de tendência de baixa segue o sentido inverso.

Aqui precisamos unir em linha reta dois topos, no exemplo T e T1, intercalando com uma base, no exemplo B1 e o segundo topo tem que estar abaixo do primeiro, assim como no exemplo.

A confirmação dessa tendência se dá quando o terceiro toque acontecer. No caso B2 e T2, assim o respeito à linha imaginária será confirmado, é disso que se trata, e poderemos prever futuras oscilações. Assim como no exemplo.

linha-tendencia-baixa

5. C Objetivo.

Traçamos essa reta paralela aos pontos de impacto, da base ou topo, dependendo da tendência, para cada vez que os preços retrocederem para próximos dessa linha, abrirmos uma posição de compra ou venda, de acordo com a tendência. Logo, não basta identificar a tendência, ainda tem que esperar o momento certo de entrar no mercado. De acordo com o exemplo, um momento hipotético para entrar no mercado.

linha-tendencia-objetivo

Para não alongar muito vamos encerrar por aqui esse artigo. No próximo vamos abordar outro tema importante, a diferença entre canais, médias moveis e bandas de Bollinger e a aplicação no trading esportivo.


Abraço.

Todos os artigos da série: "Análise técnica no turfe"
Parte 1 - Conceito e introdução.
Parte 2 - 14 pontos antes de abrir uma posição.
Parte 3 - Análise gráfica.
Parte 4 - Análise gráfica (continuação).
Parte 5 - Análise gráfica de Velas Japonesas.
Parte 6 - Usar software.
Parte 7 - Trading em rafeiros.
Parte 8 - Trading em favoritos.

análise técnica, cavalos, trading, turfe

Comentários (3)
  1. RafaelOliveira 26 set 2015 - 21:21
    Uauuu...era isso que eu procurava. Parabéns pelo artigo. Agora tudo faz mais sentido.
  1. João Paulo Moncaio 19 jun 2017 - 21:32
    Parabéns pelo artigo
  1. Charles Pires3022 29 set 2019 - 13:34

    Caramba,nunca li um artigo tão técnico e didático.Finalmente a teoria de entradas seguindo tendências foi apresentada de modo claro.
 

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